Por Pablo Bandeira*

A campanha eleitoral de 2014 já
começa a deixar suas marcas, mais uma vez polarizada pelos projetos PT x PSDB e
o povo brasileiro se encontra novamente sob o mesmo dilema dos últimos 12 anos.
A diferença é que, com o passar dos anos, cresceu o sentimento de descrença da
população, devido aos limitados, apesar de importantes, avanços promovidos nos governos
Lula/Dilma. Mas o povo começa dizer: queremos mais!
As manifestações de junho do ano
passado demonstraram que grande parte da juventude não reconhece como sua as
conquistas da última década, a exemplo do aumento real do salário mínimo e a
grandiosa ampliação do número de vagas nas universidades federais. O que os
seguidos governos do PT não conseguiram, foi fazer com que essa juventude se
sentisse parte desse processo histórico de avanços e inclusão social.
Entretanto, desde o ano passado,
no pós-manifestações, os movimentos sociais vem assumindo o papel de
protagonismo que os partidos da ordem não assumiram: trazer o debate em torno
da necessidade de convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva
e Soberana do Sistema Político. Essa bandeira nos coloca a possibilidade de passarmos
a outro patamar, que é a construção de um Projeto Popular para o Brasil.
Somente quando o povo brasileiro
se der conta de que esse sistema político não serve aos seus interesses,
conseguirá de fato impulsionar um programa de reformas estruturais, que eleve o
nosso país ao nível de uma democracia popular, como disse Florestan Fernandes no
início na década de 1980. Por isso, deve ser nosso compromisso mobilizar toda
população para organizar, divulgar e responder SIM, de 1 a 7 de setembro a
seguinte pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do
Sistema Político?”.
*Pablo Bandeira, estudante de
Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana e militante do Levante
Popular da Juventude
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