Por Pablo Bandeira - militante do Levante Popular da Juventude
No ano que se passou percebe-se que as contradições geradas na sociedade, dentro da perspectiva de desenvolvimento do atual governo, de caráter “neodesenvolvimentista”, reforçam cada vez mais a tese de que o mesmo não está de fato comprometido com a resolução dos problemas concretos de nosso povo.
As reformas estruturais
necessárias para que avancemos na construção de um Projeto Popular para o Brasil
não estão na agenda deste governo, definida pelos acordos e concessões
realizados entre forças progressistas e conservadoras. Um bom exemplo é a
reforma agrária, que terminou 2013 com um número de desapropriações pior que o
último governo militar.
As mobilizações de junho
demonstraram uma insatisfação generalizada, principalmente da juventude que foi
às ruas, com o atual sistema político. O grito “fora corrupção” revela uma
revolta à forma como as coisas funcionam, reflexo essencial de um sistema onde os
nossos representantes são aqueles que tem dinheiro para financiar suas
campanhas.
Enquanto o poder econômico
for determinante para eleição de nossas representações, continuaremos de fato,
não representados por aqueles que ocupam os cargos nas câmaras, prefeituras e
no congresso nacional. Para isso é preciso que a sociedade se mobilize em torno
de uma reforma política profunda que garanta participação direta e popular.
Neste ano de 2013 os
movimentos sociais organizados levaram à frente uma proposta que o governo não
teve coragem de bancar: realizar um plebiscito sobre a reforma política. A
pergunta será “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana do
sistema político?”. Só o povo mobilizado e consciente poderá dar a resposta. E
a resposta será dada nas ruas.
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