Por Pablo Bandeira*
E as campanhas eleitorais ganham
as ruas. Passou julho e o mês de agosto iniciou a todo vapor com os candidatos
a presidente apresentando para a população quais suas propostas para o Brasil.
Entre desenvolvimentistas e liberais, vivemos um momento em que escolhemos
“avançar”, entre muitas aspas, limitados pelas barreiras do sistema político,
ou escolhemos retroceder, opção que significa literalmente jogarmos fora todas
as conquistas dos últimos anos, possibilitadas pela presença de setores
populares no governo.
A campanha eleitoral de 2014 já
começa a deixar suas marcas, mais uma vez polarizada pelos projetos PT x PSDB e
o povo brasileiro se encontra novamente sob o mesmo dilema dos últimos 12 anos.
A diferença é que, com o passar dos anos, cresceu o sentimento de descrença da
população, devido aos limitados, apesar de importantes, avanços promovidos nos governos
Lula/Dilma. Mas o povo começa dizer: queremos mais!
As manifestações de junho do ano
passado demonstraram que grande parte da juventude não reconhece como sua as
conquistas da última década, a exemplo do aumento real do salário mínimo e a
grandiosa ampliação do número de vagas nas universidades federais. O que os
seguidos governos do PT não conseguiram, foi fazer com que essa juventude se
sentisse parte desse processo histórico de avanços e inclusão social.
Entretanto, desde o ano passado,
no pós-manifestações, os movimentos sociais vem assumindo o papel de
protagonismo que os partidos da ordem não assumiram: trazer o debate em torno
da necessidade de convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva
e Soberana do Sistema Político. Essa bandeira nos coloca a possibilidade de passarmos
a outro patamar, que é a construção de um Projeto Popular para o Brasil.
Somente quando o povo brasileiro
se der conta de que esse sistema político não serve aos seus interesses,
conseguirá de fato impulsionar um programa de reformas estruturais, que eleve o
nosso país ao nível de uma democracia popular, como disse Florestan Fernandes no
início na década de 1980. Por isso, deve ser nosso compromisso mobilizar toda
população para organizar, divulgar e responder SIM, de 1 a 7 de setembro a
seguinte pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do
Sistema Político?”.
*Pablo Bandeira, estudante de
Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana e militante do Levante
Popular da Juventude
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